quarta-feira, 2 de março de 2011

Anita Roddick

Anita Roddick

Nascida em 1942 cidade de Sussex na Inglaterra. Filha de imigrantes Italiano a terceira de quatro filhos, seus pais administravam uma lanchonete estilo americana na pacata cidade litoranea de Littlehampton, na Inglaterra. Roddick formou-se em história era hippie e ativista  já aos 13 anos marchava pelo desarmamento e participava de vigílias contra a fome.
            Anita cursou o secundário na Newton Park college of Education , em Bath.Recebeu uma bolsa para estudar em Kibutz em Israel mais foi expulsa após um incidente e mandada para casa. Já em Paris trabalhou para o International Herald Tribune, foi professora na Inglaterra, trabalhou para as Nações Unidas e depois na ONU, viajou por muitos lugares entre eles Haiti, Nova Caledônia, Em Altamira, no Brasil, esteve na Conferência dos Povos da Floresta, em 1989. Em Seattle, Estados Unidos, em 1999, gritava nas ruas contra a globalização.  África do Sul onde também  foi expulsa por ir à um clube de jazz numa noite exclusiva para negros ( violando as leis do Apartheid ) , fez o caminho que ficou conhecido com trilha hippie da África, extremo oriente e Austrália.  Após voltar para Littlehampton  Anita casou-se com Gordon Roddick em 1 971 onde teve o sobre nome Roddick incorporado ao seu já que antes era Anita Lúcia Perella, e teve duas filhas.
Atribuía sua energia a um hábito italiano: “Eu como muito tomate”. Era irreverente e criativa

Criação da Empresa



Anita tinha 34 anos quando criou The Body Shop, em 1976. O marido, Gordon, estava longe realizando um sonho antigo, viajava a cavalo de Buenos Aires a Nova York, após ter vendido o restaurante que sobrecarregava a vida da família ficando apenas com o hotel para sustento. Enquanto Gordon estava longe Anita teve a idéia de vender cremes e loções para o rosto e o corpo em pequenas embalagens. Usou frascos de plástico, desses usados para coletar urina, amigos a ajudaram a etiquetar e assim lançou modestamente 15 produtos. Além de usar receitas caseiras da mãe, que reciclava tudo desde a Segunda Guerra Mundial, Anita experimentou uma receita da atriz Julie Christie, que batia alface cozida com abacate para passar no rosto. E outra de Marlene Dietrich: cinzas de velas como sombra para os olhos. Para cabelos e pele, testou produtos com polvilho, azeite balsâmico, cânhamo, castanhas. Em 27 de março de 1976, Anita inaugurou a sua primeira loja de cosméticos benéficos ao meio ambiente na cidade vizinha de Brighton. A intenção não era apenas vender produtos socialmente responsáveis à base de ingredientes naturais, mas vendê-los em tamanhos pequenos e práticos para que o cliente tivesse a tentação de experimentar. Dessa forma, muitas das características decisivas da The Body Shop foram definidas na fase inicial, embora as decisões tenham se baseado na eficácia em termos de custo em vez de se basear em técnicas avançadas de gestão ou planejamento estratégico. Com criatividade e oportunismo as paredes foram pintadas de verde, não em sinal de manifestação em pró - meio ambiente, mas para esconder as manchas de umidade da parede e do mofo. O fato é que a loja de Brighton prosperou e logo Anita estava planejando a abertura de mais uma na cidade vizinha de Chichester. Com o empréstimo recusado, Anita recorreu a um empresário local, Ian McGlinn, que concordou em aplicar 4 mil libras, desde que pudesse participar com 50% do projeto, o que Anita, prontamente, concordou. Quando o marido Gordon retornou de viagem em 1977, o conceito The Body Shop era irreversível e as primeiras lojas eram administradas por amigos e familiares. Já em abril de 1984, a empresa lançou definitivamente ações na Bolsa de Valores de Londres e o preço das ações foi às alturas. No dia da abertura, Anita, o marido e o empresário Ian McGlinn tornaram-se milionários de um dia para o outro, foi quando os pedidos para abertura de novas lojas surgiam de todas as partes do país. Para atender a demanda de novas lojas, Anita e o marido Gordon começaram a franquear o conceito. Os possíveis franqueados financiavam o negócio e concordavam em comprar os produtos de Anita e, em troca, utilizavam a licença da The Body Shop.
 Em 2003, Anita deixou de ser presidente da empresa. Sentia-se uma “metralhadora velha”, mais radical que seus executivos. Virou consultora e passou a denunciar os crimes das grandes corporações e o trabalho infantil. Tempos depois começou campanha para alertar contra a hepatite C.



Produtos e características empreendedoras na empresa

As matérias-primas escolhidas são sempre naturais e de fontes renováveis. As nozes  brasileiras, por exemplo, foram uma descoberta após Anita visitar em 1989 Altamira, na Amazônia, enquanto tribos indígenas protestavam contra uma hidrelétrica. Pensando em como ajudar a preservar o meio ambiente e  a cultura local ela desenvolveu uma parceria para coleta do produto de forma sustentável pelos nativos. Lançou uma linha de produtos à base de castanha-do-pará . Seus críticos, inclusive a organização não-governamental Survival International acusaram-na de faturar em cima dos índios dando-lhe uma participação irrisória nas vendas.
A empresa dela foi pioneira em responsabilidade social, adminstranção humana e flexíbilidade, proibiu realização de testes em animais, possuía uma comercialização justa, valorizava a beleza natural da mulher e ainda a capacidade feminina no mundo administrativo. Anita defendia lucros com princípios e por meio da The Body Shop  apoiava campanhas do Greenpeace, Amigos da Terra e Anistia Internacional. Diferentes mensagens nas sacolas de compras e nos veículos da empresa expressavam o apoio incondicional da The Body Shop a causas verdadeiramente nobres. Aliava um alto padrão de qualidade a valores humanos – dentro e fora dos negócios. "Não posso obrigar meus funcionários a ter a mesma postura que eu, mas sabia que era importante que eles tivessem o sentido de comunidade". Foi assim que surgiu um programa de atuação social dentro da empresa, todos os funcionários tinham que realizar algum trabalho em sua comunidade. Podia ser em educação, artes, saúde ou qualquer outra área social. "Não era voluntariado. Eles eram pagos pelas horas que trabalhavam na comunidade, mas atingimos nosso objetivo", disse. Dentro da The  Body Shop os funcionários têm a oportunidade de  participar de programas sociais desenvolvidos pela empresa em diversos países pobres do mundo. “Quando escolho capacitar uma comunidade carente para ser fornecedora da The  Body Shop, não o faço pelo preço baixo, mas porque acredito que podemos fazer diferença na vida daquelas pessoas".”Acho uma obscenidade morrer rica”.


Retrospecto,  Venda da The body shop e premiações  
A empresa de Anita Roddick foi idealizadora do conceito do varejo de cosméticos  e perfumes sustentáveis associada à causas éticas, ecológicas e politicamente corretas. A partir de uma pequena loja, a rede The Body Shop expandiu-se para 2.100 lojas em 55 países comercializando 400 produtos, com funcionamento em 12 fusos horários diferentes e onde se falavam 24 línguas. Em sua gestão chegou a ter parcerias com 37 comunidades no mundo, estimulando o óleo de gergelim de Nicarágua, a manteiga de cacau de Gana, a juta de Bangladesh, as castanhas dos caiapós brasileiros.
Em 17 de Março de 2006, a L’Oréal adquiriu a empresa por £652 milhões e causou controvérsias, pois a L’Oréal estava sendo acusada de envolvimento com testes de seus produtos em animais. Ela entendeu que a venda de sua empresa acabaria por ser também como um “Cavalo de Tróia” para a empresa compradora, pois teria influencia de suas decisões para mantê-la. Continua até hoje sendo subsidiada pela L’Oréal mais com administração independente.
Por seu espírito empreendedor e sua consciência social, Anita Roddick recebeu inúmeros prêmios, dentre eles o London´s Business Woman of the Year e Retailer of the Year, além do cobiçado Global 500 conferido pela ONU para as pessoas que se destacam na defesa do meio ambiente e a Ordem do Império Britânico. Chegou a ser a empresária inglesa mais famosa, uma das 30 mais influentes da Europa, segundo o Wall Street Journal.  Em 2006, recebeu elogios e críticas quando a aquisição da The Body Shop pela L´Oreal foi anunciada. Entretanto, as razões que a levaram a isso eram mais nobres do que se imagina. Anita passou a defender as causas nas quais acreditava, com muito mais tempo e paixão. Pioneira, visionária e inovadora, Anita proibia testes em animais e vetava substâncias químicas em cosméticos. A Musa dos verdes.



Publicidade e Obras de Anita
 
Na The Body Shop, Anita não fazia publicidade e optava pela propaganda boca a boca para atrair cada vez mais clientes para as lojas. Segundo Anita mesmo afirmava, “fazer produtos que funcionam – que não são parte das mentiras da indústria de cosméticos para mulheres – é o que realmente importa.”Sua forma de divulgação aproveitava as vitrines de suas lojas para promover a proteção à natureza e a defesa do meio ambiente, usava a carroceria dos caminhões da The  Body Shop para apregoar idéias como: “se você pensa que a educação é cara, experimente a ignorância”. Uma das polêmicas de Anita foi lançar óleo, creme e batons de cânhamo – um vegetal primo da cannabis, de onde vem a maconha –, usando a planta como símbolo em propaganas. Outra estratégias de marketing de maior sucesso que a empresa adotou com ajuda da Universal Host, um empresa com foco em marcas de impacto social ou ambiental, foi uma boneca chamada Ruby de um maior tamanho, para ironizar a visão norte-americana do “perfeito” através da boneca Barbie. 


Contrária à ditadura da beleza e ao padrão estético anoréxicos das passarelas da moda, Anita lançou uma linha de produtos para gordinhas. O símbolo era Ruby, uma boneca inspirada nas mulheres do pintor flamengo Pieter Paul Rubens, do século 17, uma época em que magreza era sinal de tuberculose. Anita defendia lucros com princípios e por meio da The Body Shop, apoiava campanhas do Greenpeace, Amigos da Terra e Anistia Internacional. 




PUBLICAÇÃO DOS LIVROS DE ANITA RODDICK

Corpo e Alma (publicado em 1991)
Lucros com Princípios - 
A incrível História de Sucesso de    Anita Roddick e o The Body Shop.


                
              Anita!
(publicado em 1998)
Escrito em termos jovens, podem entender facilmente, ele conta a história de aventuras e de sucessos de Anita Roddick

Anita Roddick!
(publicado em 1998)
Este livro conta os detalhes de sua vida escolar e desenvolvimento das práticas empresarias socialmente responsáveis. Este livro é uma parte do currículo Nacional do Reino Unido.
Empresa como Insólito
(publicado em 2000)
O Triunfo da Anita Roddick.
Parte manifesto, os traços Anita na última década de sua vida e da evolução da The Body Shop. 
Levá-la pessoalmente (Edição EUA)   
(publicado em 2001) 
Como fazer escolhas conscientes para Mudar o Mundo. Neste livro arrebatador design novo, Anita convida os pensadores superior na luta por políticas comerciais humanitária e pesar sobre o   problema e dar aos cidadãos ferramentas para soluções constritivas.
Levá-la pessoalmente (Edição Brasil)   
(publicado em 2001) 
Como fazer escolhas conscientes para Mudar o Mundo. Neste livro arrebatador design novo, Anita convida os pensadores superior na luta por políticas comerciais humanitária e pesar sobre o   problema e dar aos cidadãos ferramentas para soluções constritivas.

Meu Jeito de Fazer Negócio
(publicado em 2002)
Explica como se deu esse desenvolvimento, e como é possível liderar uma empresa sendo mulher e mantendo a responsabilidade e a ética corporativa. 
  Coração Valente, Espírito Rebeldes. 
(publicado em 2003)
Este livro mostra história dos profetas modernos e mudanças positivas, fornece os recursos necessarios para colocar suas próprias crenças para trabalhar no mundo.

Uma Revolução na Bondade.
(publicado em 2003)
Este livro redefine a gentileza de lhe dar uma nova vitalidade, que esta longe de ser "aleatória 
                         Números
(publicado em 2004)
Este livro é uma coleção de alguns dos números mais peculiar que nós poderíamos encontrar.

                       
                       Àgua Turbulenta
(publicado em 2004)
Este livro mostra a crise Global de Àgua.
 Minha Jornada Empreendedora
  (publicado em 2005)
  Este livro mostra a história de Anita e o The Body Shop, nele ela fala pela primeira vez seu trabalho além da The Body Shop.

Morte e destino da herança de Anita Roddick

Anita Roddick, que transformou  seus ideais num negócio altamente lucrativo e politicamente correto, morreu de hemorragia cerebral aos 64 anos em 10 de setembro de 2007, depois de contrair hepatite C e desenvolver cirrose hepática uma das conseqüências da doença. Pelo seu espírito de luta e coragem no mundo dos negócios, Anita é reconhecida internacionalmente como uma das empreendedoras mais influentes do seu tempo. O seu legado ficará para sempre. Tinha duas filhas com o marido e sócio escocês Gordon Roddick. Segundo Anita, Gordon era “quem fazia” (the do-er) e ela, “quem sonhava” (the dreamer). Anita Roddick foi uma das primeiras empresárias a se preocupar com ecologia e responsabilidade social. Ultimamente, dedicava-se à caridade. Os únicos produtos de beleza em sua mesa de cabeceira, na casa no meio da floresta em Littlehampton, continuavam sendo sal, óleo e mel. “Esfrego para renovar as células e hidrato. É uma estupidez gastar US$ 60 num creme anti-rugas.” A única concessão que fazia ao modelo tradicional de beleza era pintar os cabelos, que continuavam fartos e escuros. Jamais se permitiu ficar grisalha.
As lojas de Anita Roddick tinham um ar hippie. A empresa tinha a cara de sua fundadora. Era informal e combativa como Anita. Ela nunca estudou Administração nem Economia. A história de como – com a ajuda do marido que entendia de números e conversava com os bancos – ela expandiu e criou o império The Body Shop, em sistema de franquias, é narrada em seu livro Meu Jeito de Fazer Negócios.

 
 Conselhos de como empreender e criar novas oportunidades

            Entender essa nova consciência do consumidor é importante para qualquer pessoa que pensa em montar seu próprio negócio ou que quer implementar na empresa em que trabalha novas idéias e valores.             Anita foi uma empresária bem-sucedida, deixa muitas referências e apenas dois, porém importantes, conselhos para empreendedores: ser oportunista e apaixonar-se pelas suas idéias. As pessoas não querem apenas comprar um produto, querem também ter simpatia pela empresa. “ Às vezes o dinheiro não é a coisa mais importante.




CARACTERISTICAS UTILIZADAS NA ABERTURA DA THE BODY SHOP


DIFRENCIAL COMPETITIVO: produtos com ingredientes naturais, não testados em animais, sem produtos químicos em sua composição, embalagens pequenas ( refil ).
RESPONSABILIDADE SOCIAL: mensagens espalhadas nas vitrines, sacolas e veículos da marca.
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL: todos setores da The Boby Sop passada por auditorias ambientais.
VALORIZAÇÃO DA MÃO DE OBRA: qualificava comunidades pobres para serem seus fornecedores, mostrava e incentivava o voluntariado aos colaboradores.

FRASES PROFERIDAS POR ANITA RODICCK
“Se eu quisesse ficar quieta, teria aberto uma biblioteca, e não uma empresa”, dizia. Seus alvos favoritos eram “os regimes políticos que não representam ninguém, os economistas que só enxergam os lucros e as escolas que produzem crianças passivas e adultos conformados”.

“As empresas hoje têm responsabilidade global porque suas decisões afetam os problemas do mundo no que se refere a economia, pobreza, segurança e meio ambiente.”

“Se você acha que a moralidade é um luxo que as empresas não podem oferecer, tente viver em um mundo sem ela.”

“Se você pensa que é muito pequeno para causar impacto, tente ir para a cama com um mosquito.”
(Mensagem preferida de Anita Roddick, impressa na lateral dos veículos da The Body Shop)

Segundo Anita, temos que dizer a nós mesmas: “Se você realmente não queria ter rugas, deveria ter deixado de sorrir há muitos anos”.

Em vez de fazer cirurgia plástica, briguem por alguma causa, sintam-se úteis, juntem-se às barricadas contra a pobreza


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